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  • Foto do escritorTravessias da Infância

O Infamiliar na contemporaneidade: o que faz família hoje?

Dedinho de Prosa de Luiz Mena, organizador e coautor do volume O Infamiliar na contemporaneidade: o que faz família hoje? com Julieta Jerusalinsky, coautora do volume, que assume a direção da coleção De Calças Curtas da Editora Ágalma. A conversa, que foi publicada em 3 partes no Instagram e pode ser acessada na Videoteca Travessias, traz questões sobre a sobre função materna e maternagem.

Como explica Julieta, maternagem e função materna são operações diferentes. Uma mãe não tem que cuidar sozinha de seu bebê. É necessária a socialização progressiva do bebê, através da extensão dos laços e do cuidado com a comunidade na qual a mãe e o bebê estão inseridos. Por isso, essa palavra terceirização pode ser enganosa, como ela explica: se por um lado queremos que as relações de um bebê possam se estender progressivamente, também devemos respeitar esse primeiro tempo, sob o risco do terceiro apagar o primeiro. Frisa, a função materna constrói no corpo do bebê uma cartografia do desejo, desejo este singular a esta mãe.

Nesse sentido, Julieta é precisa, "a função materna implica a transmissão de um particularismo desejante, que autoriza o bebê a desejar". Ela defende que esse particularismo, essa singularidade, esse estilo "não tem como ser suplantado pela técnica, pelas rotinas performáticas, que tantas vezes fazem parte do que é vendável na cultura contemporânea".




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